No passado mês de Fevereiro, corajosos associados da ECOLUTION lançaram-se na procura de respostas pelas principais faculdades em Lisboa. ISCTE, Técnico, NOVA, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e ESCS foram os alvos desta acção. Foi colocado aos estudantes – nessa altura do ano altamente comprometidos com o estudo – um questionário com 9 questões que proporcionaram informação suficiente para as seguintes conclusões:
i) Os estudantes universitários encontram-se informados sobre as questões ambientais, 96,8% chegam-se a mostrar preocupados com estes fenómenos considerando-os de uma importância crucial para o século XXI (94,1%). MAS, curiosamente desta grande maioria informada e preocupada apenas 35% estariam dispostos a participar em actividades de protecção do ambiente e uns meros 15% conheciam ONG ambientais (com a QUERCUS este número passa para 50%).
ii) A grande maioria considera que a qualidade do ar é má e o problema mais grave quando comparado com a qualidade da água e o tratamento do lixo.
iii) Assumem a necessidade de mais investimento em energias renováveis e mais espaços verdes como prioridades e descartam a imposição de regras mais severas para poluidores (afinal somos todos nós não é?).
iv) Apesar da fraca vontade de participar, 74,5% estariam disposto a contribuir com um pequeno valor mensal (1€) destinado a investimentos “verdes” desde que fosse assegurada uma gestão altruísta e transparente.
Prevaleçe ainda assim uma das principais questões que se levantam nestas alturas: como será possível que uma população jovem, instruída, informada e preocupada com questões que directamente afectam – e no futuro a palavra será condicionam – a sua vida e o seu futuro pode dar-se a luxo de não fazer nada? Porque será que toda a preocupação e informação com temáticas reais e muito próximas não transita para mudanças de comportamento e activação dessas pessoas?
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